Seringal Nova Amélia - Capixaba/Acre
14/02/2013
Escrito por Rodolfo Minari
Fotos por Talita Oliveira
Acordamos na casa de seu Antônio
e mais uma vez constatamos que o melhor local para apresentação era dentro da
casa. Arrumamos as coisas na sala, com a cortina que a divide com o quarto ao
fundo da banda. Removemos a caixa de som e mudamos a cama de lugar. O quarto
ficou como camarim. Nas outras paredes da sala, calendários, fotos, gravuras,
santinhos de um candidato do PCdoB e, num quadro, a imagem e a história da Arca
de Noé.
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Amanhecendo... |
Além do casal e seu filho, um
“menino” de 24 anos, chegaram de canoa as visitas, duas moças com duas
crianças. Gostaram e riram com a Origem
das Estrelas. No Encantoria, a
menina menor ficou tensa ao longo de todo espetáculo, contendo o melhor que
pode o choro até o final, indo e voltando do chão para o colo da menina. Com a
entrada do Uirapuru, já no final, ela não aguentou e pediu para sair... A maior
se manteve tranquila, porém foi difícil convencê-la a vir para o meio da gente,
na hora da foto.
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Apresentação do Pachorra. |
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Apresentação do Vivarte. |
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Vivarte, Pachorra e o público. |
Tivemos um almoço excelente, com
peixe, frango caipira e queixada. Foi avisado aos de fora que a carne do porco
é remosa, faz mal, inflama feridas.
Mas todos comeram, estava muito boa... Aos fundos da casa também foi muito bom
o banho de caixa d’água. Essa hora o sol brilhava forte. Secamos um pouco do
suor dos figurinos, pendurando-os na cerca. Juliano conversou bastante com
Antônio e Serafim sobre meio ambiente. Tenho sempre a nítida sensação de que
suas falas sensibilizam o interlocutor e o fazem pensar, graças ao equilíbrio
do seu ponto de vista, que enxerga a natureza como um sistema harmonioso que
gera a vida e preciso ser protegido, mas também enxerga o homem, que precisa se
defender, sobreviver, criar seus filhos, consumir proteína, produzir. Reforço
com a isso a fé de que faz a arte, nesse aspecto, pode funcionar melhor até do
que sanções ou multas, porque desperta consciências e educa as pessoas para o
seu próprio bem-estar.
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Capitão Serafim e seu assistente, Juliano |
Seguimos viagem. Ou melhor,
iniciamos a viagem de volta, dessa vez descendo o Rio Acre. Tínhamos outra
apresentação a fazer ainda nessa dia, no local onde, na ida, compramos
refrigerantes e avisamos o horário da apresentação. Essa estratégia deu prova
de sua eficácia: foi nosso melhor e mais animado público e sem dúvida uma das
melhores performances de ambos os grupos. Compareceu, inclusive, uma senhora que
já nos havia assistido na Dona Subaya, alguns dias atrás. Disse que gostou e
veio ver de novo, e trouxe gente. Outra apresentação, dentro da sala. Cuidamos
para não cobrir com o banner nenhuma janela, pois através delas se via a mata
exuberante lá do outro lado do rio. Muitas gargalhadas, grandes sustos. Teatro
com vida. No fim do dia um piquenique das besteiras que tinha na venda,
biscoito, refri, salgadinho de isopor, amendoim japonês. Tainá descolou até uma
erva mate (com limão), que tomamos quente.
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Público chegando... |
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Apresentação do Pachorra. |
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Apresentação do Vivarte. |
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Vivarte, pachorra e o nosso maior público! |
O jantar foi incrível, e a noite
de chuva.
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Proseando... |
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