10/02/2013
Escrito por Maria Rita
Fotos por Talita Oliveira
Seu Serafim ancorou o barco que nos
condunziu a primeira parada para a nossa primeira apresentação. Estavamos no
barco passando o ensaio do Encatoria,
quando chegamos no Barracão de seu Manuel.
![]() |
Ensaiando no barco. |
![]() |
No caminho, um banho de igarapé para refrescar... |
Fiquei logo encantada com os pés de
bambuzal na ribanceira onde paramos. Quando fui descer para ter o primeiro
contato com o morador, aoo pisar no degrau que seu Serafim fez para todos
descerem, o degrau desabou e o barco se afastou... e eu cai ribanceira a baixo.
Pensei que tinha quebrado o meu braço direito! Com muita dor, mas suportável, com
ajuda consegui sair de dentro d’água e conheci seu Manuel Ferreira, um filho de
um paranaense que veio na mesma leva de nordestinos que veio ao Acre com um único objetivo: cortar
seringa.
![]() |
Dona Dalva e seu Manuel |
Segundo Seu Manuel, ele nasceu aqui
no Acre e seu pai deixou sua familia em
sua Cidade Natal, mas foi ficando por aqui e construiu outra familia da qual
ele nasceu. E, conforme seu relato, seu pai foi um dos seringueiros que começou
a burlar o sistema de aviamento e começou a fazer seu roçadinho, pois tudo que
consumiam era fornecido pelo seringalista num preço exorbitante que os
seringueiros, e seu pai não tinha condições de saldar suas dividas junto ao
barração. Por isso ele tomou essa
iniciativa de começar sua agricultura de subsistência. Tanto foi que quando
veio a Crise do Ciclo da borracha, o
próprio Seringalista autorizou que todos os seringueiros fizessem seus roçados.
![]() |
Ensaiando na varanda do seu Manuel |
![]() |
Nosso barco. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário