segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Diário de Bordo da Turnê Encantoria no Rio Acre - #1

Rio Branco - Acre
09/02/2013
Escrito por Paulo Jordão
Fotos por Talita Oliveira



Fui acordado as 8h com o som da movimentação na casa Vivarte. Uma energia positiva que envolvia todos com a viagem para subir o rio Acre. Quando percebi, em um pulo estava de pé, com tudo necessário para a partida em mãos. Logo o caminhão chegou e todos carregavam o material do espetáculo, malas e suprimentos necessários para nos alimentar nos longos dias de viagem. 

Fomos na carroceria do caminhão ate o porto, descarregamos e organizamos a bagagem no barco. A Rafa e eu compramos as bombonas de água próximo ao porto. Enquanto organizavamos o barco, uma equipe de reportagem da emissora Amazon SAT estava próxima, gravando uma matéria, e eles se aproximaram do barco quando viram a movimentação. Gravaram uma matéria com os grupos Pachorra e Vivarte. Foi feita uma pequena demonstração do espetáculo Encantoria, do Grupo Vivarte, interpretado por uma das atrizes, Dani Mirini. 

Carregando o barco.

Maria Rita, do Vivarte, em entrevista a equipe da Amazon Sat.

Tainá Orsi, do Pachorra, em entrevista a equipe da Amazon Sat.
Dani Mirini, em performace para a equipe da Amazon Sat.
Partimos por volta das 12h e logo a capitania dos portos nos abordou e somente após toda averiguação da documentação do barco, fomos liberados para seguir a viagem. Rita foi logo até a cozinha do barco para preparar o almoço dos tripulantes... Todos estavam com muita fome, pois quando levantamos não tivemos tempo de preparar o café da manhã. Ligamos o gerador para funcionar o freezer. Diversos foram os assuntos, porém o Pachorra conversava com o Juliano sobre o trabalho de ayahuasca feito na casa do amigo Cláudio, no dia anterior. Depois disso, na cozinha, Tainá Orsi e eu ajudavam a descascar os legumes, preparando o almoço no barco e ouvindo as várias histórias contadas por Maria Rita, a produtora do grupo Vivarte. Ela contava sobre o surgimento do grupo, iniciado no colégio onde ela trabalhava como professora de história e, dessa maneira, começou a desenvolver junto com os alunos, onde o grupo desenvolveu como Augusto Boal o Teatro do Oprimido, levando o teatro até as margens. 

Navegando e conversando...
Enquanto aguardavámos o almoço, ficamos na proa do barco saudando as crianças das comunidades riberinhas que se encantavam com a nossa passagem, mandando calorosos “tchauzinhos”.

O nosso capitão, Seu Serafim, resolveu parar para tirar os galhos do motor e reabastecer, enquanto isso a Rita anunciou que o almoço estava pronto. Que almoço delicioso! Foi servido sopa de legumes, arroz branco, feijão bem temperadinho e refrigerante para refrescar. Cada um terminou a refeição e lavou seu prato no rio. Terminada a refeição, cada um tomou logo seu espaço no barco. Uns cochilaram, e outros que, como eu, não conseguia tirar os olhos de tanta beleza, sentei na varanda do barco e fiquei admirando as águas com cor de bronze do Rio Acre. 

Navegando e contemplando...
Paramos em uma altura do rio, pois precisavamos organizar as redes e barracas antes do anoitecer. Para no Remansinho, onde fomos recebidos por Mário Jorge e sua família. A casa estava fechada a algum tempo, pertencia a mãe de Jorge e ele e sua família haviam chegado a pouco tempo.

Avistando nossa primeira parada...
Nosso acampamento.
Eu, Guilherme Freitas e Tainá arrumamos nossa barraca e fomos fazer um fogo que sem alcool ou oléo e com apenas madeira molhada, demorou um longo tempo para acender, porém nos três sentiamos a necessidade da chama sagrada desse fogo.

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