09/02/2013
Escrito por Paulo Jordão
Fotos por Talita Oliveira
Fui acordado as 8h com o som da
movimentação na casa Vivarte. Uma
energia positiva que envolvia todos com a viagem para subir o rio Acre. Quando
percebi, em um pulo estava de pé, com tudo necessário para a partida em mãos. Logo
o caminhão chegou e todos carregavam o material do espetáculo, malas e
suprimentos necessários para nos alimentar nos longos dias de viagem.
Fomos na carroceria do caminhão ate o
porto, descarregamos e organizamos a bagagem no barco. A Rafa e eu compramos as
bombonas de água próximo ao porto. Enquanto organizavamos o barco, uma equipe
de reportagem da emissora Amazon SAT
estava próxima, gravando uma matéria, e eles se aproximaram do barco quando
viram a movimentação. Gravaram uma matéria com os grupos Pachorra e Vivarte. Foi
feita uma pequena demonstração do espetáculo Encantoria, do Grupo Vivarte, interpretado por uma das atrizes, Dani
Mirini.
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Carregando o barco. |
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Maria Rita, do Vivarte, em entrevista a equipe da Amazon Sat. |
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Tainá Orsi, do Pachorra, em entrevista a equipe da Amazon Sat. |
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Dani Mirini, em performace para a equipe da Amazon Sat. |
Partimos por volta das 12h e logo a capitania dos portos nos abordou e
somente após toda averiguação da documentação do barco, fomos liberados para
seguir a viagem. Rita foi logo até a cozinha do barco para preparar o almoço
dos tripulantes... Todos estavam com muita fome, pois quando levantamos não
tivemos tempo de preparar o café da manhã. Ligamos o gerador para funcionar o
freezer. Diversos foram os assuntos, porém o Pachorra conversava com o Juliano
sobre o trabalho de ayahuasca feito na casa do amigo Cláudio, no dia anterior.
Depois disso, na cozinha, Tainá Orsi e eu ajudavam a descascar os legumes,
preparando o almoço no barco e ouvindo as várias histórias contadas por Maria Rita,
a produtora do grupo Vivarte. Ela
contava sobre o surgimento do grupo, iniciado no colégio onde ela trabalhava
como professora de história e, dessa maneira, começou a desenvolver junto com
os alunos, onde o grupo desenvolveu como Augusto Boal o Teatro do Oprimido, levando o teatro até as margens.
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Navegando e conversando... |
Enquanto aguardavámos o almoço,
ficamos na proa do barco saudando as crianças das comunidades riberinhas que se
encantavam com a nossa passagem, mandando calorosos “tchauzinhos”.
O nosso capitão, Seu Serafim,
resolveu parar para tirar os galhos do motor e reabastecer, enquanto isso a Rita
anunciou que o almoço estava pronto. Que almoço delicioso! Foi servido sopa de
legumes, arroz branco, feijão bem temperadinho e refrigerante para refrescar.
Cada um terminou a refeição e lavou seu prato no rio. Terminada a refeição,
cada um tomou logo seu espaço no barco. Uns cochilaram, e outros que, como eu, não
conseguia tirar os olhos de tanta beleza, sentei na varanda do barco e fiquei
admirando as águas com cor de bronze do Rio Acre.
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Navegando e contemplando... |
Paramos em uma altura do rio, pois
precisavamos organizar as redes e barracas antes do anoitecer. Para no Remansinho,
onde fomos recebidos por Mário Jorge e sua família. A casa estava fechada a
algum tempo, pertencia a mãe de Jorge e ele e sua família haviam chegado a
pouco tempo.
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Avistando nossa primeira parada... |
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Nosso acampamento. |
Eu, Guilherme Freitas e Tainá
arrumamos nossa barraca e fomos fazer um fogo que sem alcool ou oléo e com
apenas madeira molhada, demorou um longo tempo para acender, porém nos três
sentiamos a necessidade da chama sagrada desse fogo.
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