quinta-feira, 18 de junho de 2009

Diário de Bordo #2 - Dia 15/06



Acordamos no Vrena, vindo de uma noite de chuva e um clima ótimo para dormir e uma manhã com cheiro de terra molhada. Tomamos café da manhã, em seguida, chegou o Chicão com notícias da estréia do espetáculo Filhas da Mata, o qual estava estreando (grupo de Rondônia – O imaginário), sentamos para confirmar as programações, quase tudo confirmado menos a oficina com a classe artística que foi transferida devido a alguns problemas de divulgação se transformou em um ensaio aberto para a comunidade no Vrena, assim garantimos um público para apresentarmos e trocarmos experiências. Em seguida fomos preparando-nos para a atividade na escola Prof. Abnael, Dani e Lua foram atrás do alimento e eu, Daniel, Thaís e Francisco alimentamos a alma com ritmo, melodia e canto. Chegada a hora do almoço no SESC, tivemos um pequeno contra tempo mais logo resolvemos, logo seguimos para as atividades. Encontramos Roni, Gabi e Rita, organizando os materiais necessários, fomos apresentados aos professores. A oficina demorou, pois os alunos tinham ido a um passeio, enquanto isso conversamos com o professores que falavam de suas experiências, uma delas que não sabia que os trabalhos seriam com os alunos ficou admirada pela iniciativa do grupo. O prof. Bira (Sonoplasta), nos apresentou a sala onde estão ocorrendo às oficinas de percepção corporal e rítmica. Estávamos com ansiedade e receio, pois nunca tivemos experiências com pessoas especiais. Quando chegaram, já fomos vendo que a maioria carregava um sorriso no rosto, estávamos acompanhados de mais 2 professores da escola.



Vamos à oficina de percepção corporal e ritmica


Formamos uma roda, sentamos, apresentamo-nos (nome, idade, se já fez e viu teatro...), alguns já, pois ali se encontrava público de teatro, atores, atrizes, músicos, dançarinos..., nossa primeira dinâmica foi passar energia através da palma da mão de um a outro, logo viraram gestos. Ótimo! Anteciparam a etapa da dinâmica, então a passagem de energia passou a ser pelo olhar e alguns tiveram dificuldades, fizemos um aquecimento com essa energia que circulava pelo corpo, passando também de um a outro, esta energia foi tomando forma e a imaginação, os corpos foram se soltando. Percebemos as astucias e limitação de cada um, logo, bateu o recreio. O tempo de intervalo era de meia hora mais em 7 min. Lua veio me avisar que tinham voltado, no tempo que faltava para encerrar meia hora de intervalo (23 min.), pegamos os instrumentos e começamos a tocar, os músicos foram aparecendo, um baterista e um sambista. Veio a segunda etapa, um pouco de cacuriá, que deu certo, mas a ciranda tivemos dificuldade devido a limitações dos alunos, começamos a puxar duplas para o centro da roda estimulando a interação, precisávamos de algo a mais, ai nós vimos que precisava na dupla alguém que tivesse mais desenvoltura, pegamos um a um e nos movimentando dando intenção e descobrindo o corpo. Assim a oficina transformou-se em uma grande descoberta, trabalharmos e trocarmos nossas experiências e dificuldades numa grande festa. Enceramos a oficina em êxtase. Depois da oficina conversamos um pouco mais com o Bira, que falou do seu trabalho com sonoplastia, bonito trabalho por sinal.

Retornamos ao Vrena, nessa tarde tivemos uma conversa com o idealizador do espaço, que relatou as dificuldades e planos para o espaço, jantamos (marmitex a lá SESC), conhecemos também a quadrilha infantil da comunidade Tucumãnzal, divulgamos o ensaio aberto, estávamos cansados então deixamos para avisar a quadrilha dos maiores outro dia, assim fomos ao merecido descanço... zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz... zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz...

Vivarte, experimentação e vivencia

Ação construindo a história, cantando, encontrando, contando e recontando a memória.


Juliano Espinhos

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