quinta-feira, 25 de junho de 2009
Diário de Bordo #8 - Dia 19/06
Diário de Bordo #6 - Dias 18/06

Diário de Bordo #5 - Dias 17/06
Acordei hoje ás 7:30 da manha com Francisco(mais conhecido como zolhim grande) gritando :
_O café esta na mesa, cuida se não o pão vai acabar.
Levantei-me um pouco preocupada, pois queria também comer pão. E bem levantei e no inicio da manha foi estabelecido o que cada um ia ficar responsável. A Rita e o Juliano foram a TV Rondônia (Amazomsat) pois tinha entrevista marcada .
Eu , Lua , Daniel, Thais , Gisele e Francisco ficamos ensaiando . Bem iniciamos com uma musica Cubana e Lua e eu ficamos descobrindo movimentos que poderiam ser feito com as bandeiras, se integrando a nós Gisele e Thais que só agüentaram por 30 minutos. Depois desse aquecimento, ensaiamos a performance teatral do Brincando com Cordel a qual estaremos apresentando em Porto Velho , no SESC antes do espetáculo Olhos Verdes da Neurose do Grupo o Imaginário. Então no ensaio Daniel, Gisele, Francisco e Thais ficaram assistindo o ensaio. Foi muito produtivo criei movimento ao qual chamei Galopado . Terminando o ensaio fomos para o almoço no SESC.
E depois todos para a oficina na Escola Professor Abnael . O que esta sendo muito interessante a experiência de trabalharmos com pessoas especiais, as quais todos os dias me ensinam algo novo. Comecei a aula hoje com dinâmicas utilizando cantigas e danças populares .
Mais opa espera um pouco esta faltando alguns alunos que são muito especiais. O Pequeno grão de areia Evandro que o negão muito simpático e feliz , de uma voz linda . Que canta :
_ Lá vem o negão cheio de paixão ticata, ticata, ticata
E o Pedro que tem o nome parecido com São Pedro, um pandeirista, musico muito bom que tem o sonho de ter uma banda e viajar por todo lugar.
Fiquei mais tranquila quando entrou o Evandro e o Pedro .
E depois me pediram uma historia , a qual contei com muita felicidade . Contei a historia do “pescador , o rei e o anel” o qual gostaram muito . E depois ensaiamos a historia do pequenino grão de areia , a qual estamos ensaiando para apresentar para todos da Escola na sexta . Fique muito feliz com o comentário de uma professora, que disse:
_ Estou já a três dias sem dor de cabeça .
Ai que fiquei ainda mais feliz, pois ela disse que a oficina á deixava bem leve , e ela se sentia melhor.Bateu o sino para o Lanche , e saíram todos . E nesse horário eu e Juliano nos reunimos para decidir o que faremos.Então no ultimo horário iríamos sair em cortejo .
Saímos em cortejo. Com muita, mais muita felicidade, e muito sorrisos. E eu ao lado do meu aluno Pedro o ótimo musico. Muito orgulhosa de todos os alunos.
Bem pegamos carona no Ônibus da escola , para o espaço Vrena . Chegando ao espaço, fomos direto para o ensaio do espetáculo Historia de Encantes , fizemos o teste com o som . E vimos que não deu certo , pois faltaram microfones e ainda não estamos preparados para irmos para a rua com microfone . E decidimos que o microfone fica para outra oportunidade, e os microfones só ficariam para os instrumentos .
Mudamos a marcação do inicio do cortejo , para apenas uma pessoa com as duas bandeiras em movimentação de suing .
Bem o ensaio foi muito produtivo.
O cansaço bate , agora é hora de alimentar e descansar.
O Mundo
Um homem da aldeia de Neguá , no litoral da Colômbia , conseguiu subir aos céus .
Quando voltou , contou .Disse que tinha contemplado, lá do alto a vida humana. E disse que tinha contemplado , lá do alto a vida humana .E disse que somos uma mar de fogueirinhas.
_ O mundo é isso- revelou- Um montão de gente , uma mar de fogueiras .
Cada Pessoa brilha com luz própria entre todas as outras .Não existem duas fogueiras iguais . Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores . Existem gente de fogo sereno , que nem percebe o vento, e gente de fogo louco , que enche o ar de chispas . Alguns fogos , fogos bobos , não alumiam nem queimas; mais outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar , e que chegar perto pega fogo .
Eduardo Galeano –O livro dos abraços –Ed.LPM
Diário de Bordo #4 - Dia 16/06
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Diário de Bordo #3 - Dias 15 e 16/06
Diário de Bordo #2 - Dia 15/06
Acordamos no Vrena, vindo de uma noite de chuva e um clima ótimo para dormir e uma manhã com cheiro de terra molhada. Tomamos café da manhã, em seguida, chegou o Chicão com notícias da estréia do espetáculo Filhas da Mata, o qual estava estreando (grupo de Rondônia – O imaginário), sentamos para confirmar as programações, quase tudo confirmado menos a oficina com a classe artística que foi transferida devido a alguns problemas de divulgação se transformou em um ensaio aberto para a comunidade no Vrena, assim garantimos um público para apresentarmos e trocarmos experiências. Em seguida fomos preparando-nos para a atividade na escola Prof. Abnael, Dani e Lua foram atrás do alimento e eu, Daniel, Thaís e Francisco alimentamos a alma com ritmo, melodia e canto. Chegada a hora do almoço no SESC, tivemos um pequeno contra tempo mais logo resolvemos, logo seguimos para as atividades. Encontramos Roni, Gabi e Rita, organizando os materiais necessários, fomos apresentados aos professores. A oficina demorou, pois os alunos tinham ido a um passeio, enquanto isso conversamos com o professores que falavam de suas experiências, uma delas que não sabia que os trabalhos seriam com os alunos ficou admirada pela iniciativa do grupo. O prof. Bira (Sonoplasta), nos apresentou a sala onde estão ocorrendo às oficinas de percepção corporal e rítmica. Estávamos com ansiedade e receio, pois nunca tivemos experiências com pessoas especiais. Quando chegaram, já fomos vendo que a maioria carregava um sorriso no rosto, estávamos acompanhados de mais 2 professores da escola.
Vamos à oficina de percepção corporal e ritmica
Formamos uma roda, sentamos, apresentamo-nos (nome, idade, se já fez e viu teatro...), alguns já, pois ali se encontrava público de teatro, atores, atrizes, músicos, dançarinos..., nossa primeira dinâmica foi passar energia através da palma da mão de um a outro, logo viraram gestos. Ótimo! Anteciparam a etapa da dinâmica, então a passagem de energia passou a ser pelo olhar e alguns tiveram dificuldades, fizemos um aquecimento com essa energia que circulava pelo corpo, passando também de um a outro, esta energia foi tomando forma e a imaginação, os corpos foram se soltando. Percebemos as astucias e limitação de cada um, logo, bateu o recreio. O tempo de intervalo era de meia hora mais em 7 min. Lua veio me avisar que tinham voltado, no tempo que faltava para encerrar meia hora de intervalo (23 min.), pegamos os instrumentos e começamos a tocar, os músicos foram aparecendo, um baterista e um sambista. Veio a segunda etapa, um pouco de cacuriá, que deu certo, mas a ciranda tivemos dificuldade devido a limitações dos alunos, começamos a puxar duplas para o centro da roda estimulando a interação, precisávamos de algo a mais, ai nós vimos que precisava na dupla alguém que tivesse mais desenvoltura, pegamos um a um e nos movimentando dando intenção e descobrindo o corpo. Assim a oficina transformou-se em uma grande descoberta, trabalharmos e trocarmos nossas experiências e dificuldades numa grande festa. Enceramos a oficina em êxtase. Depois da oficina conversamos um pouco mais com o Bira, que falou do seu trabalho com sonoplastia, bonito trabalho por sinal.
Retornamos ao Vrena, nessa tarde tivemos uma conversa com o idealizador do espaço, que relatou as dificuldades e planos para o espaço, jantamos (marmitex a lá SESC), conhecemos também a quadrilha infantil da comunidade Tucumãnzal, divulgamos o ensaio aberto, estávamos cansados então deixamos para avisar a quadrilha dos maiores outro dia, assim fomos ao merecido descanço... zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz... zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz...
Vivarte, experimentação e vivencia
Ação construindo a história, cantando, encontrando, contando e recontando a memória.
Juliano Espinhos
terça-feira, 16 de junho de 2009
Diário de Bordo #1
Vivarte faz Intercâmbio em Porto Velho*
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Breve Historia
Os textos trabalhados são sempre resultados de pesquisas feitas pelo próprio Grupo inspirados em histórias e causos da Região através de entrevistas e registros, bem como das oficinas de arte disponibilizadas gratuitamente às comunidades onde circulam os espetáculos e projetos. A opção pelo teatro de rua deu-se a partir de 2005, e é coerente com a realidade da região Norte e mais especificamente com o Estado do Acre, que de acordo com as pesquisas nacionais, é um dos Estados que apresenta uma das mais escassas ofertas de bens e equipamentos culturais no país. Através da Circulação, principalmente no interior do Norte do Brasil, o Grupo mostra a arte do teatro
em vários palcos, muitos deles feitos do próprio asfalto ou chão de terra batida. As apresentações são sempre acompanhadas ao som de instrumentos como violão, triângulo, pandeiro e tambor. Sempre gratuitamente, nas ruas e espaços públicos como praças, coretos e parques, o Grupo Vivarte busca contribuir para garantir a todas as camadas sociais a oportunidade de participar e ter acesso às manifestações artísticas e culturais. A partir dessa filosofia, os espetáculos Vivarte circulam desde a capital acreana, onde surgiu, a municípios de difícil acesso no interior do Estado do Acre, onde são necessários dias e dias de barco para se chegar. Levar a arte do teatro às aldeias indígenas e seringais também é um compromisso Vivarte. A idéia é de acessibilidade, difusão e fruição a todos, sem distinção de classes Sociais, etnias ou religiões.