sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Relatório do dia 10 de Outubro
por: Victor Martins

Vou contar um segredo p/ vcs, mas não contem p/ ngm...só fica entre nós. Peço tbm que não se sintam chateados nem ofendidos do que vou confesar a vcs. Acontece que sempre tive um certo preconceito com teatro, uma espécie de aversão, nojo e repugnação. Sempre tive comigo que quem faz teatro é muito p/ frente, muito nariz empinado que pensa que sabe tudo é o dono de mísero mundo. Sempre foi apaixonado por todas as artes, exceto pelo teatro. Infelizmente que esse sentimento esta espalhado nos corações do músicos. Quando entrei p/ família do Vivarte eu sabia comigo que ia quebrar esse preconceito. Entrei tbm pela experiência maravilhosa, enriquecedora e privilegiada de fazer parte de um grupo tão talentoso e que tem amor pelo o q faz. Não existe grupo melhor p/ que eu, rebelde sem causa, largasse esse meu preconceito. Pude perceber o casamento maravilhoso que é a união da música e do cênico. Pude deixar esse meu preconceito de lado e enxergar o quanto é rico, profundo e sério o teatro. Mas vcs devem concordar comigo que é uma arte diferente, onde o ser-humano tem que usar do seu mais ridículo, de suas fraquezas, das suas vergonhas, dos seus medos e expressa-los através do corpo e de gestos. Deixei de lado minha fraqueza e estou mergulhado aos poucos nesse mundo misterioso do teatro. Hoje tem por ele um sentimento novo, e muito bom por sinal. Tudo mudou! Muito bom criar e trablhar com essa nova família. São aqueles que procurava, aqueles que tem tesão pela arte. Peço desculpas se ofendi alguém, mas se eu fosse perfeito não estaria nesse mundo!! Escrevo nas linhas abaixo uma música do Noel Rosa onde, ao meu ver, expressa um pouco a vida do artista.

O mundo me condena,e ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome
Mas a filosofia hoje me auxilia
A viver indiferente assim
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim
Não me incomodo que você me diga
Que a sociedade é minha inimiga
Pois cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba, muito embora vagabundo
Quanto a você da aristocracia
Que tem dinheiro, mas não compra alegria
Há de viver eternamente sendo escrava
Dessa gente que cultiva hipocrisia





- Larissa Castro

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